Neste final de semana, eu recebi e comecei a ler o livro da Marcela Ceribelli - Aurora - e a sensação que tive é a de poder dar um respiro profundo depois de ficar muito tempo submersa na água.

Vivemos em um mundo com situações muito novas, imprevisíveis e completamente diferentes de gerações anteriores.

Apesar disso, a convivência com o passado às vezes parece estar mais viva do que com o presente: seja pelo que vemos na mídia, ou vivendo em ambientes institucionais (trabalho e meio acadêmico) - e de forma mais ampla pela sociedade, amigos, família. Há tanto ódio aceito e reforçado por convenções sociais ultrapassadas. É vergonhoso o que acontece em Brasília neste momento (e aqui eu falo dos ataques antidemocráticos. O PT venceu, aceitem).

Eu só quero trazer esse ponto político para aprofundar uma questão um pouco mais pessoal, que é a de viver conforme a realidade, e não conforme convenções que nos foram apresentadas no passado pois o mundo mudou. Muitas instituições parecem não aceitar isso e seguem reforçando certos estereótipos em uma tentativa de preservar o convencional:

Por favor, esqueça a ideia de que aos trinta anos você deveria casa própria, poupança garantida, casamento estável e filhos. As conquistas essenciais ao chegar a essa idade são dor na lombar, ressaca de dois dias, medo de abrir o aplicativo do banco e azia. Imploro para que você pare de comparar sua realidade com a fantasia que aprendeu a aspirar, ela é irreal. - Marcela Ceribelli.

Exausta de estar exausta é o capítulo deste trecho do livro em que a autora fala sobre a necessidade que temos de performar: passar a melhor imagem que pudermos em um story perfeito #perfect. Enquanto que a realidade muitas vezes é oposta ao que vemos na Internet. Por isso é tão importante se desligar, ou ao menos tentar se questionar sobre alguns pontos.

Tentar se prender a estereótipos antigos em uma negação constante de que o mundo está em constante transformação é exaustivo mesmo. Por isso, é muito importante que as pessoas tenham autonomia financeira em suas vidas e possam decidir por conta própria qual a melhor forma de viver. Desligar o celular. Viver de verdade sem ficar se preocupando com o que os outros vão pensar. Afinal, sucesso é o que cada um considera realização para si. Não existe uma fórmula pronta e se um dia existiu, ela mora lá no passado, nos anos 50 - como Taylor Swift mencionou em Lavander Haze.

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