O domínio e as URLs do seu site podem ajudar o usuário a ter uma melhor experiência de navegação. E ainda, para auxiliar os seus usuários a voltarem de onde vieram, não esqueça de implementar as famosas migalhas de pão, a.k.a., breadcrumbs.

Índice de Conteúdos

  1. O que é uma URL?
  2. Anatomia & Semântica de URLs
  3. URLs Absolutas vs URLs Relativas
  4. Como usar URLs e a importância da linguagem HTML
  5. URLs com parâmetro & navegação facetada
  6. URLs com âncoras & indexação de passagens
  7. URLs Canônicas & Rotas (Routes) & Sitemaps & Robots
  8. Versões Alternativas de uma mesma URL
  9. Breadcrumbs (migalhas de pão) & Navegação

1. O que é uma URL?

Em um checklist de SEO para conteúdo, a URL talvez seja o primeiro aspecto de uma página. Precisa ser amigável, conter a palavra-chave daquela página, ser evergreen, não conter números, ter "-", evitar acentos e caracteres especiais, ser completamente em caixa baixa, entre outros pontos. Mas afinal de contas, o que é uma URL?

Uma URL (Uniform Resource Locator), ou como o próprio nome diz,  é o endereço de um determinado recurso exclusivo na web. Em teoria, cada URL válida aponta para um recurso exclusivo, que pode ser desde uma página HTML, um documento CSS, até uma imagem, entre outros recursos. Na prática, existem algumas exceções, sendo a mais comum uma URL apontando para um recurso que não existe mais ou que foi movido para outro endereço. Como o recurso representado pela URL e a própria URL são gerenciados pelo servidor da Web, cabe ao proprietário do servidor da Web gerenciar cuidadosamente esse recurso e sua URL associada.

2. Anatomia & Semântica de URLs

Nem sempre é possível escolher a URL - dependendo da plataforma, a estrutura pode ser pré-definida. Ainda assim é possível pensar em quais categorias e temáticas de conteúdo serão trabalhadas. Tudo isso deve ser pensado junto ao time de desenvolvimento e produto. Muitas vezes a tecnologia impossibilita o cenário ideal mas juntos é possível obter o meio termo de uma URL amigável para o usuário. Na prática, isso significa ler a documentação sobre rotas e URLs da plataforma ou CMS em que você está desenvolvendo o site, por exemplo. Desta forma, a arquitetura do site é aplicável e não há desculpas para não implementar no desenvolvimento.

Anatomia de uma URL. Fonte: MDN Web Docs

3. URLs Absolutas vs URLs Relativas

Se você trabalha com desenvolvimento de sites ou até mesmo produção de conteúdo, você já deve ter se deparado com esses termos "URL absoluta" e "URL relativa".

Uma URL absoluta é uma URL completa, com domínio e diretório, enquanto que uma URL relativa é apenas o diretório em si. O uso varia conforme a localização da URL. Em um navegador, por exemplo, se você digitar apenas a URL relativa, você não localizará o conteúdo. Já no caso de uma linkagem interna em um artigo ou uma página html, você pode usar a URL relativa, pois o navegador consegue utilizar as informações da página acessada para completar o caminho.

SEOs gostam de trabalhar e utilizar URLs Absolutas na maior parte das vezes para evitar problemas, mas John Mu já desmistificou que é um ponto que não faz muita diferença. Atenção para Canonicals, em que a recomendação é de usar sim a versão Absoluta para evitar erros de interpretação por parte do User Agent:

4. Como usar URLs e a importância da linguagem HTML

A URL na barra de endereço do navegador é apenas a ponta do iceberg! A linguagem HTML faz uso extensivo de URLs:

  • para criar links para outros documentos com o elemento < a >;
  • para vincular um documento com seus recursos relacionados por meio de vários elementos, como < link > ou < script >;
  • para exibir mídia como imagens (com o elemento < img >), vídeos (com o elemento < video >), sons e música (com o elemento < audio >), entre outros.

Falando em SEO, o HTML talvez seja um dos pontos mais críticos para o sucesso de uma página. Se você está trabalhando com geradores de sites estáticos, você quer ter certeza que o conteúdo do HTML e todas as tags de SEO estão sendo lidas pelo User Agent ou Robô do Google.

5. URLs com parâmetro & navegação facetada

Os parâmetros de URL (também conhecidos como “query strings”) são uma forma de estruturar informações adicionais para uma determinada URL. Os parâmetros são adicionados ao final de uma URL após um símbolo ‘?’.

Parâmetros são usados principalmente para especificar e classificar o conteúdo em uma página da web, mas também são usados com frequência para rastreamento da fonte de tráfego. Seguem situações mais comuns de uso de parâmetros:

  • Classificação e filtros: os parâmetros são frequentemente usados em ecommerces para permitir que os usuários gerem dinamicamente uma página com a classificação ou filtragem desejada aplicada. Exemplo: / moda-feminina / vestido ?O=OrderByScoreDESC
  • Paginação: os parâmetros podem ser usados para identificar várias páginas de arquivo ou resultados de pesquisa. Exemplo: / blog/ artigos ?page=3
  • Busca Interna: os parâmetros podem ser usados para passar pelas consultas de pesquisa que alguém usou em uma pesquisa no site. Exemplo: / pesquisa ?q=pinceis%20de%20maquiagem
  • Descrição: os parâmetros podem ser usados para transmitir os detalhes de um produto. Exemplo: / product? sku = 12345
  • UTMs: os parâmetros podem ser usados para campanhas publicitárias específicas ou cliques em botões para poder rastrear o tráfego que veio por meio dessa campanha ou botão. Exemplo: / ? utm_campaign = fbid_campanhanatal

Essa "personalização" das URLs geram novos endereços para uma mesma página. Por exemplo, uma página de pinceis de maquiagem em um ecommerce, pode ter uma versão filtrada apenas com pinceis de pó e outra apenas com pinceis até R$ 30,00. É importante lembrar aqui que essas páginas facetadas criadas por filtro apenas serão de algum valor para SEO se houver uma estratégia de conteúdo e uma estratégia definida do que vale a pena indexar ou não. Queremos evitar problemas com crawl budget e o rastreamento de milhares de URLs sem necessidade. Algo que veremos na seção 7.

6. URLs com âncoras & indexação de passagens

Passage Indexation é uma das formas que o Google encontrou de facilitar a busca por coisas mais específicas, "agulha no palheiro". Acho que aqui o ponto crucial é a navegação: como facilitar o acesso a informações específicas, sem fazer o usuário percorrer o caminho todo. Apesar de não haver formas de otimizar para a indexação de passagens, é possível usar anchors, as âncoras, para facilitar a navegação em páginas muito extensas. O design da tabela de conteúdos (que lista os links âncoras) também deve ser levado em consideração a depender da página.

7. URLs Canônicas & Rotas (Routes) & Sitemaps & Robots

É sempre importante indicar a versão preferencial de uma página para o google. Isso é feito com tag canônica e com uma estratégia de rotas e arquitetura de site bem feitas. Talvez isso seja mais importante do que ter um sitemap, por exemplo, principalmente no caso de sites menores em que você quer reforçar o rastreamento e linkagem interna com uma estratégia base reforçada.

8. Versões Alternativas de uma mesma URL

Trabalho como o mesmo serviço ou linha de produto em diferentes países. Como eu indico a versão preferencial para o Google? Falando em SEO Internacional, você quer evitar a parametrização como forma de identificar idiomas em uma página. O melhor é pesquisar a tecnologia utilizada no desenvolvimento e criar uma versão da página com a sua própria canônica para cada país. Cada página deve indicar a sua versão canônica e as variações em outros idiomas.

9. Breadcrumbs & Navegação

Para fechar, um ponto interessantes da URL é que ela pode indicar o nível de navegação ao usuário. Ou seja, você pode usar os breadcrumbs para essa função.

Breadcrumbs é um sistema de navegação secundário que mostra a localização de um usuário em um site ou aplicativo da web. O termo veio do conto de fadas de João e Maria, no qual os personagens principais criam uma trilha de migalhas de pão para voltar para casa.

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